Um caso curioso…
Como sempre, eu fico debatendo e assistindo debates com e entre os meus amigos. Hoje, um debate sobre um dos temas preferidos da nossa comunidade mãe (a Teoria da Conspiração, no Orkut), vegetarianos X não vegetarianos. Isso me trouxe a idéia de escrever uma pequena série sobre os dois lados.

Começarei emitindo a minha opinião. Eu não sou contra o Vegetarianismo, sou conta a loucura do Vegetarianismo. Sou contra o radicalismo. Assim como os vegetarianos não apóio o uso de animais em testes, nem a criação de monstros em laboratório. Também sou contra aos abusos que os animais passam antes de virar alimento, sou contra a privação da liberdade dos mesmos. E aos massacres cotidianos nos abatedouros.

Mas por que não sou vegetariana? Simplesmente porque eu não vejo razão para abandonar a minha natureza carnívora. Eu acredito que haverá um momento em que voltaremos a nos alimentar da carne caçada, carne de um animal que viveu livre. Eu acredito que um dia os humanos voltarão a ser harmônicos com a natureza, as florestas voltarão a crescer, voltaremos a viver em aldeias, e a ter uma vida sustentável. Essa talvez seja uma utopia, mas certamente é o que eu desejo para o futuro.

Termino a postagem de hoje – que foi extremamente pessoal e eu pretendo não repetir isso nas próximas – com uma pequena memória da minha infância. Uma vez eu e meu pai saímos para caçar veados ou porcos do mato, na fazenda da minha avó materna, não levamos armas de fogo, levamos uma faca, duas lanças de madeira que meu pai fez e dois cajados. Nós procuramos por caça durante três dias, e no fim conseguimos matar um veado velho. Eu ainda me lembro das palavras do meu pai:

- Esse é o jeito certo de se comer carne, a carne de um animal que viveu muito e livre. – Depois disso meu pai fez uma oração para a alma do animal e me disse – Ele também é filho de Deus, do contrario do que os rabinos e padres dizem, animais também tem alma, e essa alma deve ser respeitada tanto quanto a nossa. Devemos viver em equilíbrio com eles.

Vivamos em equilíbrio.

Sem mais para o momento, despeço-me deixando um forte abraço a todos.

Dannan-Lovy, 19 de janeiro de 2010.